As sessões de 2014 serão sempre às quartas-feiras, no auditório do CSE

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dias 14 e 30 de outubro . Sessão Mídia




CONTROL ROOM

Neste momento, as atenções da mídia norte-americana estão voltadas para Michael Moore e o surpreendente desempenho de bilheteria do seu documentário “Fahrenheit 9/11” – um verdadeiro manifesto anti-Bush. Mas um outro documentário, que estreou em 12/05 nos EUA e ainda está em cartaz em cinemas de New York, é ainda mais contundente ao revelar a manipulação – e a submissão – das grandes redes de TV e jornais pelos oficiais encarregados de distribuir notícias sobre as operações das tropas aliadas durante a invasão do Iraque.
O longa-metragem “Control Room”(2), dirigido pela documentarista egípcia Jehane Noujaim, vai direto ao ponto. A diretora coloca as lentes especificamente na atuação da Al Jazeera, o canal de notícias árabe que se destacou durante os doze meses da invasão por exibir imagens e notícias que as demais redes (CNN, Fox, CBS, ABC, BBC e outras “majors”) não mostravam: civis iraquianos mortos ou mutilados, crianças feridas e corpos de soldados norte-americanos.
A equipe de “Control Room” acompanhou todo o desenrolar da guerra a partir da redação da Al Jazeera, no Qatar, e também na base norte-americana montada em Doha, no Qatar, onde se concentravam os escritórios de correspondentes das principais redes de TV e jornais do mundo (o CentCom). Dois jornalistas funcionam como condutores informais da narrativa: Sameer Khader, diretor de redação da Al Jazeera, e Hassan Ibrahim, repórter da rede árabe (ex-BBC). Como contraponto a eles, aparece o oficial Josh Rushing, encarregado de comandar a distribuição de notícias no CentCom.


UMA ONDA NO AR

Uma onda no ar é a história da criação e do desenvolvimento da Rádio Favela de Belo Horizonte - "a voz livre do morro", como a chamavam seus idealizadores. A rádio pirata entrava no ar todos os dias no horário do programa estatal A Voz do Brasil. A tática e o amplo alcance dos transmissores da rádio, que mandavam suas ondas bem além da favela, incomodavam as autoridades. Jorge, um dos idealizadores da Rádio, que é negro e morador da favela, acaba sendo perseguido e preso pela polícia. Atrás das grades, é questionado por outro detento sobre como foi criação da Rádio... Começa uma história de luta, resistência cultural e política contra o racismo e a exclusão social, em que a população da favela encontra uma importante arma: a comunicação.

Dias 01 e 09 de outubro: Sessão A Natureza do Homem


SEMENTES: Patrimônio do povo à serviço da humanidade

O grande capital vem forjando, pela propaganda, uma nova crença no imaginário da maioria da população: a de que os cientistas e pesquisadores das empresas privadas trabalham para o bem comum e que, no lugar do Estado para todos nós, agora está presente a grande corporação privada a serviço de toda a população.

Em conseqüência dessas tentativas de controle total sobre o “germoplasma” e as demais formas de manifestação da vida, a luta em defesa das sementes “varietais”, nativas e crioulas tornou-se emblemática da luta pelo direito à vida e à sua diversidade.

Apesar de se constatar que a onda neoliberal vem sufocando a agricultura familiar, o campesinato e os povos indígenas e procura tragar, através de uma minoria de grandes corporações, o controle sobre todas as formas de manifestação da vida, observa-se, por outro lado, que a resistência a esse ímpeto renasce e se amplia em todas as partes do mundo com um vigor admirável de iniciativas pessoais e institucionais, públicas e privadas, da sociedade civil, dos movimentos sociais e étnicos e das organizações sindicais. Uma rede globalizada de esperanças, de iniciativas múltiplas e de ações diretas constrói a cada dia uma vivência compartilhada e pluralista a favor da vida.

A campanha “As sementes são patrimônio da humanidade”, ao defender os direitos dos agricultores familiares, dos camponeses e dos povos indígenas de produzirem, guardarem e trocarem as sementes “varietais”, e ao criticar todas as formas e meios de patenteamento da vida, ergue, ao mesmo tempo, uma barreira política e ideológica pluralista para deter essa ofensiva neoliberal, que tenta monopolizar e transformar todas as formas de vida em negócio.

Leia mais: http://www.cptnac.com.br/?system=news&action=read&id=1227&eid=87