As sessões de 2014 serão sempre às quartas-feiras, no auditório do CSE

sexta-feira, 29 de maio de 2009


La Ley de Herodes (México, 1999), realizado pelo conhecido Luis Estrada, é uma metáfora sarcástica e muito bem conseguida do poder político.
Algures, numa aldeia perdida do México, em 1949, um humilde e ainda puro funcionário público e do partido PRI é enviado para San Pedro de Saguados, onde o anterior “presidente municipal” havia sido assassinado brutamente pela população.
As eleições estavam próximas e não se podia correr o risco de o Governo não consegui
r dar conta de uma insignificante aldeia.
Escolhido por ser pouco dotado pela inteligência, Juan Vargas, então supervisor de limpeza municipal, chega a uma aldeia sem lei, ou melhor, apenas com a lei da corrupção.
Vários métodos são experimentados e apenas o crime parece resultar. O outrora simples e honesto Juan transforma-se no mais abominável político pronto a tudo, fazer para conseguir extorquir dinheiro do povo.
As teias de dependências, o castelo de cartas construído com base em favores pessoais e os altíssimos custos que uma aparência de democracia sempre importa, fazem deste filme um excelente exemplo de como o poder corrompe. Rousseau havia de o ter aplaudido de pé e Maquiavel não renegaria os seus ensinamentos.
O nosso Eça ou, antes dele, o nosso Gil Vicente reconhecer-se-iam na crítica do clero, no papel dos pequenos poderes provincianos. Os juristas veriam a autocracia no seu extremo e deliciar-se-iam com o modo extra-rápido de operar revisões constitucionais profundíssimas!
Em ano de tantas eleições, a representação de Juan (Damián Alcázar) não desmerece tantas que estão por aí. E não falo na América Central ou L
atina…
E a moralidade da história? A corrupção compensa. Assim, com toda a impunidade e com toda a realidade. U
ma comédia da vida real ...

- Com debate e participação de Fernando Correa Prado, mestrando em Estudos Latinos Americanos pela Universidade Autonoma do México (Unam)





quinta-feira, 14 de maio de 2009

MOSTRA CULTURAL AFRICA
No dia 21 de maio, o Circula fará uma programação diferente. Teremos a honra de assistir a apresentação, de violão e voz, dos músicos Filipe Mukenga, de Angola e Vadú, de Cabo Verde, com a participação especial do poeta César Felix (Cesinha). Também haverá uma mostra de fotografias. Esta atividade faz parte de uma discussão sobre a Africa e sua relação com a América Látina, promovida pela IELA.
Vale a pena conferir !!!